Histórico da EMEF Arquiteto Luís
Saia
A “EMEF
ARQUITETO LUÍS SAIA” iniciou suas atividades como “Escola Mista de São Miguel
Paulista”, criada pelo Decreto 3341 de 16 de novembro de 1956. Constitui-se a
partir do agrupamento de várias escolas isoladas existentes na região.
O prédio onde
hoje funciona foi inaugurado em 23 de março de 1958, sendo denominado “Escolas
Agrupadas de São Miguel Paulista” pelo então Prefeito Adhemar de Barros. Sua
fita simbólica foi rompida pelo vigário de São Miguel Paulista, Padre Aleixo
Monteiro Mafra. Não muito depois, em 11 de setembro de 1958, o Professor
Augusto César Cesaroni foi designado para exercer o cargo de 1º diretor desta
Unidade Escolar.
Em sua
arquitetura inicial, o prédio possuía 10 salas de aula, um anexo para
instalações da administração, pátio externo, refeitório, cozinha, 5 sanitários,
gabinete médico e dentário, 2 quadras e uma casa para acomodação do caseiro.
Entre 1968 e
1969, as classes foram transformadas em “Classes-piloto de Demonstração e
Experimentação”. Em 1970, elas foram extintas, sendo novamente transformadas em
classes comuns.
Desde então, o
prédio vem passando por diferentes reformas e ampliações de espaços, sempre em
busca de uma melhor adequação às necessidades de seu tempo e procurando manter
intactas algumas características de seu projeto original.
Em 03 de outubro
de 1975, passou a ser denominada “Escola Municipal de Primeiro Grau Arquiteto
Luís Saia”.
Do Patrono
No tocante ao
seu Patrono, podemos afirmar que ocupou posições de destaque no contexto
arquitetônico e urbanístico, tanto em nossa região quanto em nível nacional,
tendo seu trabalho amplamente reconhecido e divulgado por diversas instituições
de ensino superior. Participou também de forma ativa de diversas iniciativas
voltadas para a preservação e o resgate da memória histórica nacional, tendo
contribuído com seu trabalho para a manutenção e revalorização de diferentes
espaços históricos. Nascido em São Carlos-SP, em 16 de outubro de 1911, iniciou
seus estudos em sua terra natal, para mais tarde transferir-se para Campinas e
São Paulo, onde se graduou em engenharia e arquitetura pela Escola Politécnica
da Universidade de São Paulo. Em meados da década de 1930, passa a atuar como
colaborador do então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde
mais tarde irá substituir Mário de Andrade na chefia do 4º Distrito, exercendo
o cargo por 40 anos. Chefiou missões sobre pesquisas folclóricas no norte e
nordeste do país, realizou pesquisas e estudos etnográficos em cidades nos
arredores de São Paulo. No Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN), foi responsável pela restauração de mais de 30 edificações.
Promoveu também duas grandes pesquisas sobre coleções de obras de arte e sobre
a arquitetura do café. Atuou na coordenação de diversos cursos oferecidos pelo
IPHAN e pela Faculdade de Arquitetura da USP. Foi responsável pelos Planos
Diretores de importantes cidades, como Anápolis, Goiânia, São José do Rio
Preto, Lins e Águas de Lindóia, além de inúmeros projetos de residências,
hospitais e pavilhões para exposições. Concomitantemente, produziu um grande
número de artigos em revistas e jornais. Em 15 de maio de 1975, vem a falecer
em São Paulo, deixando-nos um legado de grandes realizações em prol da cultura
nacional.
Entre 1990 e
1996, novos espaços foram criados na Unidade, destacando-se um laboratório, uma
sala de leitura e a cobertura de uma das quadras. Posteriormente, em 26 de
janeiro de 1999, a escola passa a ter a atual denominação, ou seja, “Escola
Municipal de Ensino Fundamental Arquiteto Luís Saia”.
A partir de
então, novas e permanentes alterações e adaptações de caráter arquitetônico e
pedagógico contribuíram para melhor acomodar seus profissionais, seus educandos
e as demandas típicas de cada tempo.